Aposentadorias têm perdas de 82,74% em 13 anos
16/04/2010 - Os aposentados que não têm sua aposentadoria corrigida conforme o reajuste anual do salário mínimo - que são aqueles que ganham mais de um salário mínimo, cerca 8,2 milhões de pessoas em todo o Brasil - tiveram perdas de 82,74% no rendimento nos últimos 13 anos.
O cálculo é da Federação dos Aposentados e Pensionistas do Estado de Minas Gerais (FAP-MG). O levantamento da entidade revelou também que o índice de correção salarial dessa categoria nos últimos 13 anos foi de 132,41%, enquanto para os que recebem como aposentadoria um salário mínimo, a situação é bem melhor: a correção foi de 324,70 %.
A diferença é crucial, considerando-se que nesse período a inflação acumulada, medida pelo IPCA do IBGE, foi de 114,7%. Em simulação feita pela FAP-MG para saber quanto teria a receber como aposentadoria uma pessoa que contribuiu para a Previdência Social sobre dez salários mínimos, constatou-se que, se mantida a paridade, (contribuiu sobre dez salários, recebe benefício de dez salários), um aposentado que em 1998 recebia R$ 1.200 deveria estar recebendo hoje R$ 5.100. Entretanto, ele recebe apenas R$ 2.788,98. Para alcançar o valor ideal, o aposentado precisaria de um reajuste de 82,74%. 'Por isso, consideramos que a desvalorização do poder aquisitivo, em 13 anos, é de 82,74%', diz o presidente da FAP-MG, Robson de Souza Bittencourt.
Esperança. Ele espera que não seja vetado pela presidente Luiz Inácio Lula da Silva o reajuste de 7,71% aprovado ontem em acordo entre Senado e Câmara Federal. 'E mesmo que essa correção aconteça, ainda vai levar tempo para as aposentadorias recuperarem o que perderam. Há casos, conforme o ano em que a pessoa se aposentou, que as perdas chegam a 100%', argumenta.
Bittencourt explica que em dezembro do ano passado foi aprovada, por meio da Medida Provisória 475, a correção de 6,14% para as aposentadorias não reajustadas pelo mínimo - que já está em vigor desde janeiro deste ano. Entretanto, a MP 475 recebeu emenda que altera o cálculo.'O cálculo hoje é feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais 50% do Produto Interno Bruto (PIB). A emenda altera esse valor para 80% do PIB. Isso ainda não foi votado', explica Bittencourt.
Planos de saúde: São reajustados também anualmente, mas os anteriores a 1999 são reajustados geralmente conforme o IGPM.
Alimentos: O gasto aumenta porque é preciso se alimentar melhor.
Contas: O aposentado fica mais em casa e por isso gasta mais água e luz.
O cálculo é da Federação dos Aposentados e Pensionistas do Estado de Minas Gerais (FAP-MG). O levantamento da entidade revelou também que o índice de correção salarial dessa categoria nos últimos 13 anos foi de 132,41%, enquanto para os que recebem como aposentadoria um salário mínimo, a situação é bem melhor: a correção foi de 324,70 %.
A diferença é crucial, considerando-se que nesse período a inflação acumulada, medida pelo IPCA do IBGE, foi de 114,7%. Em simulação feita pela FAP-MG para saber quanto teria a receber como aposentadoria uma pessoa que contribuiu para a Previdência Social sobre dez salários mínimos, constatou-se que, se mantida a paridade, (contribuiu sobre dez salários, recebe benefício de dez salários), um aposentado que em 1998 recebia R$ 1.200 deveria estar recebendo hoje R$ 5.100. Entretanto, ele recebe apenas R$ 2.788,98. Para alcançar o valor ideal, o aposentado precisaria de um reajuste de 82,74%. 'Por isso, consideramos que a desvalorização do poder aquisitivo, em 13 anos, é de 82,74%', diz o presidente da FAP-MG, Robson de Souza Bittencourt.
Esperança. Ele espera que não seja vetado pela presidente Luiz Inácio Lula da Silva o reajuste de 7,71% aprovado ontem em acordo entre Senado e Câmara Federal. 'E mesmo que essa correção aconteça, ainda vai levar tempo para as aposentadorias recuperarem o que perderam. Há casos, conforme o ano em que a pessoa se aposentou, que as perdas chegam a 100%', argumenta.
Bittencourt explica que em dezembro do ano passado foi aprovada, por meio da Medida Provisória 475, a correção de 6,14% para as aposentadorias não reajustadas pelo mínimo - que já está em vigor desde janeiro deste ano. Entretanto, a MP 475 recebeu emenda que altera o cálculo.'O cálculo hoje é feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais 50% do Produto Interno Bruto (PIB). A emenda altera esse valor para 80% do PIB. Isso ainda não foi votado', explica Bittencourt.
Pesa no bolso
Remédios: A maioria dos medicamentos é reajustada anualmente, mas há remédios que o governo não controla.Planos de saúde: São reajustados também anualmente, mas os anteriores a 1999 são reajustados geralmente conforme o IGPM.
Alimentos: O gasto aumenta porque é preciso se alimentar melhor.
Contas: O aposentado fica mais em casa e por isso gasta mais água e luz.
Link: FAP-MG
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