Proposta trata da aposentadoria de trabalhadores de aplicativos
Nesta segunda-feira será visto o projeto de lei complementar nº180/2020, de autoria do Deputado Reginaldo Lopes e outros, o qual trata sobre a aposentadoria especial dos trabalhadores e trabalhadoras de empresas de aplicativos.
Conforme a proposta a aposentadoria especial será devida, aos 55 anos de idade, se mulher; ou aos 60 anos de idade, se homem, ao
segurado, que seja trabalhador vinculado à empresa de aplicativo, e que comprove o
tempo mínimo de trabalho de 20 anos sujeito a condições especiais.
Ao contribuinte que trabalhe vinculado através de
contrato com empresa de aplicativo na condição de Micro Empreendedor Individual,
será reconhecido o direito à aposentadoria especial de que trata esta Lei, devendo
comprovar, anualmente, por meio de apresentação de contrato ou documento
equivalente que vincule o seu trabalho à empresa de aplicativo.
O salário-de-benefício da aposentadoria especial consistirá na média aritmética simples dos salários de contribuição e das
remunerações adotados como base para contribuições a regime próprio de
previdência social e ao Regime Geral de Previdência Social, atualizados
monetariamente, correspondentes a 100% de todo o período contributivo desde a
competência de julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela
competência.
Por fim, o benefício proposto neste projeto de lei será financiado com os recursos
provenientes da contribuição ordinária dos empregadores empresas de aplicativos,
tomadores de serviço, cujas alíquotas de contribuição será de 10%.
O autor justifica sua proposição dizendo que: "O proletariado do século XXI é outro. Cada vez mais informal. Sem direito
a férias, décimo terceiro, à assistência de saúde ou aposentadoria. A paralisação
dos entregadores e entregadoras de aplicativos nas grandes cidades brasileiras
emocionou o país. Um perfil de trabalhador chamado de empreendedor, mas
tratado como semiescravo. São prestadores de serviços sem direito a qualquer
nível de proteção social, explorados por empresas estrangeiras que mal pagam
impostos.
Na grande maioria, são jovens antecipando a entrada no mercado de
trabalho, antes mesmo de se qualificar para ele. Digo com a tranquilidade de
quem começou a trabalhar muito cedo como padeiro e que tem muito orgulho de
toda a trajetória percorrida até aqui.
Esses jovens têm reivindicações objetivas. Pedem aumento do valor pago
por quilometro rodado, aumento do valor mínimo a ser recebido e o fim do
sistema de pontuação, além de seguro de vida, acidente e roubo e do auxílio
pandemia. Pautas justas de profissionais super explorados, que sequer
receberam um equipamento de proteção individual das empresas durante a
pandemia."
O projeto encontra-se apensado ao PLP 207/2015 aguardando análise.
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