“Art. 19.
........................................................................
..............................................................................................
§ 8o
Constarão no CNIS as informações do segurado relativas aos períodos com
deficiência leve, moderada e grave, fixadas em decorrência da avaliação
médica e funcional.” (NR)
“Art. 32.
.......................................................................
..............................................................................................
§ 23. É garantida a
aplicação do fator previdenciário no cálculo das aposentadorias por
tempo de contribuição e por idade devidas ao segurado com deficiência,
se resultar em renda mensal de valor mais elevado, devendo o INSS,
quando da concessão do benefício,
proceder ao cálculo da renda mensal inicial com e sem a aplicação do
fator previdenciário.
§ 24. Para
efeitos do disposto no § 23, na aplicação do fator previdenciário, será
considerado o tempo de contribuição computado para fins de cálculo do
salário-de-benefício.” (NR)
“Art. 39.
........................................................................
..............................................................................................
IV -
................................................................................
..............................................................................................
d) cem por cento do
salário-de-benefício, para o segurado que comprovar, na condição de
pessoa com deficiência, o tempo de contribuição disposto no art. 70-B;
..............................................................................................
§ 2o Para
os segurados especiais, inclusive os com deficiência, é garantida a
concessão, alternativamente:
....................................................................................”
(NR)
Das
Aposentadorias por Tempo de Contribuição e por Idade
do Segurado com
Deficiência
Art. 70-A. A
concessão da aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade ao
segurado que tenha reconhecido, em avaliação médica e funcional
realizada por perícia própria do INSS, grau de deficiência leve,
moderada ou grave, está condicionada à comprovação da condição de pessoa
com deficiência na data da entrada do requerimento ou na data da
implementação dos requisitos para o benefício.
Art. 70-B. A
aposentadoria por tempo de contribuição
do segurado com deficiência, cumprida a carência, é devida ao segurado
empregado, inclusive o doméstico, trabalhador avulso, contribuinte
individual e facultativo, observado o disposto no art. 199-A e os
seguintes requisitos:
I - aos vinte e
cinco anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com
deficiência, se homem, e vinte anos, se mulher, no caso de segurado com
deficiência grave;
II - aos vinte e
nove anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com
deficiência, se homem, e vinte e quatro anos, se mulher, no caso de
segurado com deficiência moderada; e
III - aos trinta e
três anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com
deficiência, se homem, e vinte e oito anos, se mulher, no caso de
segurado com deficiência leve.
Parágrafo único.
A aposentadoria de que trata o caput é devida aos segurados
especiais que contribuam facultativamente, de acordo com o disposto no
art. 199 e no § 2o do art. 200.
Art. 70-C. A
aposentadoria por idade da pessoa com deficiência, cumprida a carência,
é devida ao segurado aos sessenta anos de idade, se homem, e cinquenta e
cinco anos de idade, se mulher.
§ 1o
Para efeitos de concessão da aposentadoria de que trata o caput,
o segurado deve contar com no mínimo quinze anos de tempo de
contribuição, cumpridos na condição de pessoa com deficiência,
independentemente do grau, observado o disposto no art. 70-D.
§ 2o
Aplica-se ao segurado especial com deficiência o disposto nos §§ 1o
a 4o do art. 51, e na hipótese do § 2o
será considerada a idade prevista no caput deste artigo, desde
que o tempo exigido para a carência da aposentadoria por idade seja
cumprido na condição de pessoa com deficiência.
Art. 70-D. Para
efeito de concessão da aposentadoria da pessoa com deficiência, compete
à perícia própria do INSS, nos termos de ato conjunto do Ministro de
Estado Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República, dos Ministros de Estado da Previdência Social, da Fazenda, do
Planejamento, Orçamento e Gestão e do Advogado-Geral da União:
I - avaliar o
segurado e fixar a data provável do início da deficiência e o seu grau;
e
II - identificar a
ocorrência de variação no grau de deficiência e indicar os respectivos
períodos em cada grau.
§ 1o
A comprovação da deficiência anterior à data da vigência da Lei
Complementar no 142, de 8 de maio de 2013, será
instruída por documentos que subsidiem a avaliação médica e funcional,
vedada a prova exclusivamente testemunhal.
§ 2o
A avaliação da pessoa com deficiência será realizada para fazer prova
dessa condição exclusivamente para fins previdenciários.
§ 3o
Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo
prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em
interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena
e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 4o
Ato conjunto do Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Direitos
Humanos da Presidência da República, dos Ministros de Estado da
Previdência Social, da Fazenda, do Planejamento, Orçamento e Gestão e do
Advogado-Geral da União definirá impedimento de longo prazo para os
efeitos deste Decreto.
Art. 70-E. Para o
segurado que, após a filiação ao RGPS, tornar-se pessoa com deficiência,
ou tiver seu grau alterado, os parâmetros mencionados nos incisos I, II
e III do caput do art. 70-B serão proporcionalmente ajustados e
os respectivos períodos serão somados após conversão, conforme as
tabelas abaixo, considerando o grau de deficiência preponderante,
observado o disposto no art. 70-A:
MULHER
|
TEMPO A
CONVERTER
|
MULTIPLICADORES
|
Para 20
|
Para 24
|
Para 28
|
Para 30
|
De 20
anos
|
1,00
|
1,20
|
1,40
|
1,50
|
De 24
anos
|
0,83
|
1,00
|
1,17
|
1,25
|
De 28
anos
|
0,71
|
0,86
|
1,00
|
1,07
|
De 30
anos
|
0,67
|
0,80
|
0,93
|
1,00
|
|
|
|
|
|
HOMEM
|
TEMPO A
CONVERTER
|
MULTIPLICADORES
|
Para 25
|
Para 29
|
Para 33
|
Para 35
|
De 25
anos
|
1,00
|
1,16
|
1,32
|
1,40
|
De 29
anos
|
0,86
|
1,00
|
1,14
|
1,21
|
De 33
anos
|
0,76
|
0,88
|
1,00
|
1,06
|
De 35
anos
|
0,71
|
0,83
|
0,94
|
1,00
|
§ 1o
O grau de deficiência preponderante será aquele em que o segurado
cumpriu maior tempo de contribuição, antes da conversão, e servirá como
parâmetro para definir o tempo mínimo necessário para a aposentadoria
por tempo de contribuição da pessoa com deficiência e para a conversão.
§ 2o
Quando o segurado contribuiu alternadamente na condição de pessoa sem
deficiência e com deficiência, os respectivos períodos poderão ser
somados, após aplicação da conversão de que trata o caput.
Art. 70-F. A
redução do tempo de contribuição da pessoa com deficiência não poderá
ser acumulada, no mesmo período contributivo, com a redução aplicada aos
períodos de contribuição relativos a atividades exercidas sob condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
§ 1o
É garantida a conversão do tempo de contribuição cumprido em condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física do segurado,
inclusive da pessoa com deficiência, para fins da aposentadoria de que
trata o art. 70-B, se resultar mais favorável ao segurado, conforme
tabela abaixo:
MULHER
|
TEMPO A
CONVERTER
|
MULTIPLICADORES
|
Para 15
|
Para 20
|
Para 24
|
Para 25
|
Para 28
|
De 15
anos
|
1,00
|
1,33
|
1,60
|
1,67
|
1,87
|
De 20
anos
|
0,75
|
1,00
|
1,20
|
1,25
|
1,40
|
De 24
anos
|
0,63
|
0,83
|
1,00
|
1,04
|
1,17
|
De 25
anos
|
0,60
|
0,80
|
0,96
|
1,00
|
1,12
|
De 28
anos
|
0,54
|
0,71
|
0,86
|
0,89
|
1,00
|
|
|
|
|
|
|
HOMEM
|
TEMPO A
CONVERTER
|
MULTIPLICADORES
|
Para 15
|
Para 20
|
Para 25
|
Para 29
|
Para 33
|
De 15
anos
|
1,00
|
1,33
|
1,67
|
1,93
|
2,20
|
De 20
anos
|
0,75
|
1,00
|
1,25
|
1,45
|
1,65
|
De 25
anos
|
0,60
|
0,80
|
1,00
|
1,16
|
1,32
|
De 29
anos
|
0,52
|
0,69
|
0,86
|
1,00
|
1,14
|
De 33
anos
|
0,45
|
0,61
|
0,76
|
0,88
|
1,00
|
§ 2o É vedada a conversão do tempo de contribuição da pessoa com deficiência para fins de concessão da aposentadoria especial de que trata a Subseção IV da Seção VI do Capítulo II.
§ 3o Para fins da aposentadoria por idade da pessoa com deficiência é assegurada a conversão do período de exercício de atividade sujeita a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, cumprido na condição de pessoa com deficiência, exclusivamente para efeito de cálculo do valor da renda mensal, vedado o cômputo do tempo convertido para fins de carência.
Art.70-G. É facultado ao segurado com deficiência optar pela percepção de qualquer outra espécie de aposentadoria do RGPS que lhe seja mais vantajosa.
Art. 70-H. A critério do INSS, o segurado com deficiência deverá, a qualquer tempo, submeter-se a perícia própria para avaliação ou reavaliação do grau de deficiência.
Parágrafo único. Após a concessão das aposentadorias na forma dos arts. 70-B e 70-C, será observado o disposto nos arts. 347 e 347-A.
Art. 70-I. Aplicam-se à pessoa com deficiência as demais normas relativas aos benefícios do RGPS.” (NR)
“Art. 125. ......................................................................
..............................................................................................
§ 1o Para os fins deste artigo, é vedada:
I - conversão do tempo de contribuição exercido em atividade sujeita à condições especiais, nos termos dos arts. 66 e 70;
II - conversão do tempo cumprido pelo segurado com deficiência, reconhecida na forma do art. 70-D, em tempo de contribuição comum; e
III - a contagem de qualquer tempo de serviço fictício.
..............................................................................................
§ 5o A certidão referente ao tempo de contribuição com deficiência deverá identificar os períodos com deficiência e seus graus.” (NR)
“Art. 182. ......................................................................
..............................................................................................
Parágrafo único. Não se aplica a tabela de que trata o caput para os benefícios de aposentadoria por tempo de contribuição e por idade garantida aos segurados com deficiência, de que tratam os arts. 70-B e 70-C.” (NR)
“Art. 199-A. ..................................................................
..............................................................................................
§ 1o O segurado, inclusive aquele com deficiência, que tenha contribuído na forma do caput e pretenda contar o tempo de contribuição correspondente, para fins de obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição ou de contagem recíproca do tempo de contribuição, deverá complementar a contribuição mensal.
§ 2o A complementação de que trata o § 1o dar-se-á mediante o recolhimento sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário-de-contribuição em vigor na competência a ser complementada da diferença entre o percentual pago e o de vinte por cento, acrescido dos juros moratórios de que trata o § 3o do art. 5o da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996.
§ 3o A contribuição complementar a que se refere os §§ 1o e 2o será exigida a qualquer tempo, sob pena do indeferimento ou cancelamento do benefício.
...................................................................................” (NR)
Art. 2o A pessoa com deficiência poderá, a partir da entrada em vigor deste Decreto, solicitar o agendamento de avaliação médica e funcional, a ser realizada por perícia própria do INSS, para o reconhecimento do direito às aposentadorias por tempo de contribuição ou por idade nos termos da Lei Complementar no 142, de 8 de maio de 2013.
§ 1o Até dois anos após a entrada em vigor deste Decreto será realizada a avaliação de que trata o caput para o segurado que requerer o benefício de aposentadoria e contar com os seguintes requisitos:
I - no mínimo vinte anos de contribuição, se mulher, e vinte e cinco, se homem; ou
II - no mínimo quinze anos de contribuição e cinquenta e cinco anos de idade, se mulher, e sessenta, se homem.
§ 2o Observada a capacidade da perícia própria do INSS, de acordo com a demanda local, poderá ser realizada a avaliação do segurado que não preencha os requisitos mencionados no § 1o.
Art. 3o O ato conjunto a que se refere o caput e o § 4o do art. 70-D do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto no 3.048, de 1999, será editado em até 45 dias, contados da data de entrada em vigor deste Decreto.
Art. 4o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 3 de dezembro de 2013; 192o da Independência e 125o da República.
DILMA ROUSSEFF
Miriam Belchior
Garibaldi Alves Filho
Maria do Rosário Nunes
Este texto não substitui o publicado no DOU de 3.12.2013 - Edição extra